quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Artesenato,Manufatura e Maquinofatura

Artesenato


O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.

Antes do surgimento das fábricas, o artesanato era o principal meio de organização do processo produtivo de utensílios básicos utilizados no cotidiano (móveis, ferramentas e roupas).
Os artesãos conheciam todas as etapas de fabricação de uma mercadoria: compravam a matéria-prima, confeccionavam o produto e vendiam-no. A produtividade dependia do ritmo e da habilidade do artesão. Por isso, o artesanato não garantia uma produção volumosa.
Ainda convivemos com esse tipo de produção, porém, o artesanato voltou-se para a produção de artigos de luxo, peças artísticas e de decoração etc.
No século XV, desenvolveu-se o sistema doméstico: o artesão recebia encomendas de homens de negócio para produzir certas peças. Estes empresários forneciam a matéria-prima, pagavam o artesão e revendiam o produto final. Mesmo trabalhando no sistema doméstico, o artesão ainda mantinha grande autonomia, pois conhecia todas as etapas de produção da mercadoria e controlava o tempo necessário para a execução de cada tarefa.
Nesta obra vemos um artesão e sua esposa trabalhando em uma oficina doméstica. Podemos perceber que há uma criança no cesto e outra brincando ao lado enquanto os pais trabalham. O sistema doméstico de produção não separava a vida familiar das tarefas do trabalho.

Manufatura


Conceito de manufatura 

Manufatura é um sistema de fabricação de grande quantidade de produtos de forma padronizada e em série. Neste processo pode ser usado somente as mãos (como era feito antes da Revolução Industrial) ou com a utilização de máquinas como passou a ocorrer após a Revolução Industrial.

Embora o termo manufatura tenha surgido relacionado ao 
trabalho manual, atualmente usamos a expressão "produto manufaturado" para nos referir ao bem produzido de 
forma industrial, ou seja, com o uso de máquinas.

O termo manufatura também é empregado para o local de produção de bens industrializado, ou seja, a fábrica.

A manufatura na Revolução Industrial

A Revolução Industrial significou um grande avanço no processo de produção de bens. 
O trabalho exclusivamente manual foi substituído pelo uso de máquinas, 
resultando na produção de maior quantidade de produtos em tempo menor. 
Além das máquinas, a manufatura passou a caracterizar-se pelo utilização do 
trabalho em série (por etapas) e especializado (cada trabalhador executava uma ação).

Avanços tecnológicos: máquinas

- 1765: o engenheiro escocês James Watt aumenta a 
eficiência do motor a vapor ao introduzir o condensador na máquina de Newcomen.

- 1768: o inventor inglês Sir Richard 
Arkwright cria uma máquina de fiar avançada para o período, aumentando 
significativamente a produtividade.

- 1793: o engenheiro norte-americano Eli Whitney cria o descaroçador de algodão.

Maquinofatura


A proeminência das máquinas na produção de gêneros industrializados antecede formas de produção de riquezas produzidas a partir da intervenção do homem. Antes dos operários, eram os artesãos que formavam a classe responsável e detentora do saber necessário para a modificação de recursos oferecidos pela natureza. Ao sabermos o conjunto de características do trabalho artesanal podemos ter uma visão mais clara sobre que tipo de transformações a tecnologia industrial trouxe ao mundo do trabalho. 

O artesanato, enquanto uma das mais antigas modalidades de trabalho, atravessou diversos períodos históricos contando com um mesmo conjunto de características. O artesão vivia em ambiente familiar e controlava o ritmo de sua produção de acordo com suas próprias necessidades. Além disso, o artesão tinha controle sobre os meios de produção e técnicas necessárias para a realização de seu trabalho. Nesse contexto, é importante destacar que sob essas condições o artesão tinha ciência do valor de seu trabalho

Na Europa, durante a Baixa Idade Média, o reavivamento das atividades comerciais e o crescimento populacional possibilitaram a ascensão de uma classe de comerciantes. As chamadas corporações de ofício eram formadas por um grupo de aprendizes e artesãos que utilizavam de suas próprias ferramentas para produzirem manufaturas posteriormente comercializadas para grandes comerciantes ou negociadas nas feiras espalhadas pela Europa. Tempos depois, a ampliação dos mercados consumidores fez com que os artesãos formassem corporações ainda maiores, com a diferença de que agora dependiam da obtenção de matéria-prima de um terceiro. 

No século XVII, essas corporações perderam suas características originais para incorporarem um novo modelo organizacional. O burguês, enriquecido por suas transações comerciais e o incentivo estatal, empreendia a formação de um sistema fabril. Esse sistema, bem representado pelo desenvolvimento do ramo têxtil britânico, era gerenciado por um burguês que contratava um grupo de artesãos. Cada um deles desenvolvia uma tarefa específica que não exigia o pleno domínio de todo processo produtivo. Em troca de sua função exercida, esse artesão recebia um valor fixo (salário) em dinheiro. 

Com o desenvolvimento de novas tecnologias que simplificavam e agilizavam o processo de produção, a figura do artesão perdeu seu espaço. A facilidade trazida pelas máquinas permitia que qualquer sujeito minimamente instruído fosse capaz de servir como mão-de-obra. Com isso, os valores pagos pela força de trabalho reduziram significativamente e a obtenção dos novos meio de produção (máquinas) tornou-se um privilégio de poucos. A partir de então, a manufatura perdia toda sua natureza artesanal para ganhar padrões e ritmos estabelecidos pelas máquinas industriais.


http://www.suapesquisa.com/industrial/manufatura.htm
http://blogdoenem.com.br/revolucao-industrial-historia-enem/
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/o-desenvolvimento-das-maquinofaturas.htm

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