Principais representantes e suas ideias
John Locke (1632-1704)
Para o inglês Locke, contemporâneo da Revolução Gloriosa de 1688 na Inglaterra, os homens possuem a vida, a liberdade e a propriedade como direitos naturais principais. Para preservar esses direitos, os homens deixaram o estado de natureza (vida mais primitiva da humanidade) através de um contrato entre si, estabelecendo o governo e a sociedade civil. Assim, os governos têm por fim respeitar os direitos naturais e, caso não o façam, caberia à sociedade civil o direito de rebelião contra um governo tirânico. Em síntese, demolia-se o sustentáculo lógico do Estado absoluto, um estado intocável e acima da sociedade civil, como defenderam Maquiavel, Bossuet e Hobbes.“Ao governante não lhe caberia jamais o direito de destruir, de escravizar, ou de empobrecer propositadamente qualquer súdito; as obrigações das leis naturais não cessam, de maneira alguma, na sociedade, torna-se até mais fortes em muitos casos” (Locke)
Montesquieu (1689-1755)
– obra principal “O Espírito das Leis”Montesquieu sistematizou a teoria da “divisão de poderes”, já esboçada por Locke. Defendeu que os países deveriam ser governados por três poderes: legislativo, executivo e judiciário. Classificou os governos em despóticos, monárquicos e republicanos. Condenando o primeiro e, de acordo com a população, clima e extensão do país, admitia a Monarquia ou a República. Opunha-se também ao direito de voto para aqueles que se encontravam “num estado de baixeza muito profundo”.
“Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação… exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as desavenças dos particulares”; “Só se impede o abuso do poder quando pela disposição das coisas, o poder detém o poder” (Montesquieu).
Voltaire (1694-178)
– obra principal “Cartas Inglesas”François Marie Arouet, pseudônimo Voltaire, criticou principalmente a Igreja Católica e os resquícios feudais, como a servidão. Propugnou por um governo, por uma monarquia ilustrada, isto é, um rei esclarecido pelos filósofos. Apesar de ferrenho crítico da Igreja, era, ainda assim, deísta. Acreditava que Deus estava presente na Natureza, no Homem, e que para encontrá-lo, a razão serviria como guia infalível. Assim, defendia a crença num ser supremo.
Voltaire é sempre destacado por sua palavra irreverente, sarcástica e demolidora.
“Não concordo com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo”; “O maior dos crimes, pelo menos o mais destrutivo, e conseqüentemente o mais oposto à finalidade da Natureza, é a guerra. E, no entanto, não há um agressor que não tinja essa malfeitoria com o pretexto de justiça”; “É proibido matar e, portanto, todos os assassinos são punidos, a não ser que o façam em larga escala e ao som das trombetas”; “O povo tolo e bárbaro precisa de uma canga, de um aguilhão e feno”.
Jean Jacques Rousseau (1712-1778)
– obra principal “O Contrato Social”Constituiu uma exceção do conjunto iluminista, na medida em que criticava a burguesia e fundamentalmente a propriedade privada, “raiz das infelicidades humanas”. Para Rousseau, a propriedade privada foi quem introduziu a desigualdade entre os homens, em vários graus.
“O primeiro homem a quem ocorreu pensar e dizer isto é meu, e encontrou gente suficientemente ingênua para acreditar, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras e assassinos teriam sido evitados ao gênero humano se aquele, arrancando as estacas, tivesse gritado: Não, impostor!”
Contudo, fazia eco ao conjunto Iluminista, integrando-se na crítica à ordem absolutista.
“A tranqüilidade também se encontra nas masmorras, mas é isso suficiente para que seja agradável o lugar em que se vive? Renunciar à liberdade é renunciar a ser homem” (Rousseau).
Immanuel Kant
Não obstante, Kant revela que o espírito ou razão,
modela e coordena as
sensações, das quais as impressões dos sentidos externos são apenas
matéria prima para o conhecimento. Por conseguinte, o julgamento
estético e teleológico unem nossos julgamentos morais e empíricos,
de modo à unificar o seu sistema.
Vale citar que Kant foi um entusiasta do Iluminismo europeu e estadu-
nidense, donde publicou a obra "O que é o Iluminismo?" (1784),
na qual sintetiza à possibilidade do homem seguir sua própria razão,
no processo de ilustração, o qual seria, ao mesmo tempo, a saída
do homem de sua menoridade, definida
como a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio
entendimento, ou seja,
o fato de não ousar pensar, por motivos de covardia e a preguiça, prin-
cipais motivos do permanecimento humano na menoridade.
sensações, das quais as impressões dos sentidos externos são apenas
matéria prima para o conhecimento. Por conseguinte, o julgamento
estético e teleológico unem nossos julgamentos morais e empíricos,
de modo à unificar o seu sistema.
Vale citar que Kant foi um entusiasta do Iluminismo europeu e estadu-
nidense, donde publicou a obra "O que é o Iluminismo?" (1784),
na qual sintetiza à possibilidade do homem seguir sua própria razão,
no processo de ilustração, o qual seria, ao mesmo tempo, a saída
do homem de sua menoridade, definida
como a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio
entendimento, ou seja,
o fato de não ousar pensar, por motivos de covardia e a preguiça, prin-
cipais motivos do permanecimento humano na menoridade.
Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário