segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Enciclopédia

Em 1751 foi editado o primeiro volume da Enciclopédia, de Denis Diderot e Jean le Rond d’Alembert. A peripécia intelectual e editorial sem precedentes provocou na Europa, ao mesmo tempo, entusiasmo e aversão. A obra tinha a ambição de colocar ao alcance do leitor todo o conjunto de conhecimentos humanos derivados da razão. Mas, já no fim do século XVIII, o trabalho foi acusado de estar na origem da Revolução Francesa, dado que também o movimento bebeu na fonte do Iluminismo.

Alguns estudiosos do século XIX aprofundaram essa visão e identificaram nos volumes o triunfo do liberalismo reformador e a reabilitação do trabalho popular. O historiador francês Jules Michelet, por exemplo, exaltava em Diderot a alma e o caráter da revolução. Já o intelectual alemão Karl Marx avançava mais e denunciava o desvio do espírito das Luzes pela classe burguesa.

Críticas à parte, a história da Enciclopédia revela um nível ímpar de idealismo. Em 1740, o livreiro parisiense André Le Breton estava em busca de um projeto que colocasse à disposição do público, a um preço razoável, uma informação competente, filosófica, científica e técnica, na língua do país e livre da pressão erudita das obras acadêmicas.

A moda então eram os livros ingleses. Com seus três sócios, Le Breton decidiu traduzir e editar a Cyclopaedia de Ephraim Chambers, uma espécie de dicionário de vários assuntos publicado em Londres em 1728. Surgiu, contudo, todo tipo de dificuldades entre editores e colaboradores. Em 1747, os livreiros franceses decidiram apelar a Diderot e D’Alembert para que ambos dirigissem a concepção e a realização da obra. 


Fonte:http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/a_enciclopedia_recenseamento_do_saber.html

sexta-feira, 18 de novembro de 2016



Despotismo esclarecido

foi uma forma de governo adotada pelos Reis, no século XVIII, como uma alternativa para a Monarquia Absolutista que estava em crise, devido às idéias Iluministas.A partir de segunda metade do século XVIII, alguns soberanos empreenderam uma política aplicada pelos próprios reis, de acordo com as circunstâncias de cada país, denominamos de despotismo esclarecido. Adequaram alguns princípios iluministas, racionalizando a administração, impondo a igualdade de impostos, incentivando a educação. Os principais déspotas esclarecidos foram: José II da Áustria, Catarina II da Rússia, o Marquês de Pombal de Portugal, Frederico II da Prússia e Carlos III da Espanha.

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Teoria econômicas


Teoria econômicas

•O Fisiocratismo – As mesmas idéias antiabsolutistas dirigidas contra o mercantilismo, advogando uma economia livre da tutela do estado, funcionando segundo suas leis naturais, formaram o fisiocratismo (fisio = natureza). Através do seu “quadro econômico”, Quesnay, fundador dessa escola, partiu do pressuposto de que a terra é a única fonte de riqueza, daí a importância maior da agricultura dentro da economia. Afirmava ainda que a atividade econômica, como todos os fenômenos que ocorrem no universo, é dotada de leis naturais, cabendo ao estado garantir o livre curso da natureza. Era seu lema: “Laissez, faire, laissez passer…”, deixa fazer, deixa passar, ou seja, liberdade para a produção e para o comércio.
•O liberalismo econômico – Foi Adam Smith (1723-1790) que sistematizou a análise econômica, demonstrando leis e fundando a economia moderna, ou seja, a Economia como ciência. Defendia o trabalho como fonte inequívoca de riqueza e não a terra como os fisiocratas. Condenava o mercantilismo, demonstrando em tal prática um entrave lesivo a toda ordem econômica. Por meio da livre concorrência, da divisão do trabalho e do livre comércio, a harmonia e a justiça social seriam alcançadas. A sua obra “A. Riqueza das Nações” é considerada a “Bíblia do Capitalismo”, iniciadora da economia política clássica.

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 Principais representantes e suas ideias



John Locke (1632-1704)

Para o inglês Locke, contemporâneo da Revolução Gloriosa de 1688 na Inglaterra, os homens possuem a vida, a liberdade e a propriedade como direitos naturais principais. Para preservar esses direitos, os homens deixaram o estado de natureza (vida mais primitiva da humanidade) através de um contrato entre si, estabelecendo o governo e a sociedade civil. Assim, os governos têm por fim respeitar os direitos naturais e, caso não o façam, caberia à sociedade civil o direito de rebelião contra um governo tirânico. Em síntese, demolia-se o sustentáculo lógico do Estado absoluto, um estado intocável e acima da sociedade civil, como defenderam Maquiavel, Bossuet e Hobbes.
“Ao governante não lhe caberia jamais o direito de destruir, de escravizar, ou de empobrecer propositadamente qualquer súdito; as obrigações das leis naturais não cessam, de maneira alguma, na sociedade, torna-se até mais fortes em muitos casos” (Locke)

Montesquieu (1689-1755)

 – obra principal “O Espírito das Leis”
Montesquieu sistematizou a teoria da “divisão de poderes”, já esboçada por Locke. Defendeu que os países deveriam ser governados por três poderes: legislativo, executivo e judiciário. Classificou os governos em despóticos, monárquicos e republicanos. Condenando o primeiro e, de acordo com a população, clima e extensão do país, admitia a Monarquia ou a República. Opunha-se também ao direito de voto para aqueles que se encontravam “num estado de baixeza muito profundo”.
“Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação… exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as desavenças dos particulares”; “Só se impede o abuso do poder quando pela disposição das coisas, o poder detém o poder” (Montesquieu).

Voltaire (1694-178)

 – obra principal “Cartas Inglesas”
François Marie Arouet, pseudônimo Voltaire, criticou principalmente a Igreja Católica e os resquícios feudais, como a servidão. Propugnou por um governo, por uma monarquia ilustrada, isto é, um rei esclarecido pelos filósofos. Apesar de ferrenho crítico da Igreja, era, ainda assim, deísta. Acreditava que Deus estava presente na Natureza, no Homem, e que para encontrá-lo, a razão serviria como guia infalível. Assim, defendia a crença num ser supremo.
Voltaire é sempre destacado por sua palavra irreverente, sarcástica e demolidora.
“Não concordo com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo”; “O maior dos crimes, pelo menos o mais destrutivo, e conseqüentemente o mais oposto à finalidade da Natureza, é a guerra. E, no entanto, não há um agressor que não tinja essa malfeitoria com o pretexto de justiça”; “É proibido matar e, portanto, todos os assassinos são punidos, a não ser que o façam em larga escala e ao som das trombetas”; “O povo tolo e bárbaro precisa de uma canga, de um aguilhão e feno”.

Jean Jacques Rousseau (1712-1778)

 – obra principal “O Contrato Social”
Constituiu uma exceção do conjunto iluminista, na medida em que criticava a burguesia e fundamentalmente a propriedade privada, “raiz das infelicidades humanas”. Para Rousseau, a propriedade privada foi quem introduziu a desigualdade entre os homens, em vários graus.
“O primeiro homem a quem ocorreu pensar e dizer isto é meu, e encontrou gente suficientemente ingênua para acreditar, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras e assassinos teriam sido evitados ao gênero humano se aquele, arrancando as estacas, tivesse gritado: Não, impostor!”
Contudo, fazia eco ao conjunto Iluminista, integrando-se na crítica à ordem absolutista.
“A tranqüilidade também se encontra nas masmorras, mas é isso suficiente para que seja agradável o lugar em que se vive? Renunciar à liberdade é renunciar a ser homem” (Rousseau).

Immanuel Kant

Não obstante, Kant revela que o espírito ou razão, modela e coordena as
sensações, das quais as impressões dos sentidos externos são apenas
matéria prima para o conhecimento. Por conseguinte, o julgamento
estético e teleológico unem nossos julgamentos morais e empíricos,
de modo à unificar o seu sistema.
Vale citar que Kant foi um entusiasta do Iluminismo europeu e estadu-
nidense, donde publicou a obra "O que é o Iluminismo?" (1784),
na qual sintetiza à possibilidade do homem seguir sua própria razão,
no processo de ilustração, o qual seria, ao mesmo tempo, a saída
do homem de sua menoridade, definida
como a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio
entendimento, ou seja,
o fato de não ousar pensar, por motivos de covardia e a preguiça, prin-
cipais motivos do permanecimento humano na menoridade.
Fonte:

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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

 Conceito

O iluminismo foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das idéias e pensadores Iluministas foi a cidade de Paris

Origem do Iluminismo

O Iluminismo surge na Europa, com os pensadores que almejavam contribuir para o progresso da humanidade. Estes buscavam desacreditar as supertições e mitos que se formaram durante a Idade Média e ainda estavam presentes na sociedade. Além disso, o movimento lutava contra o sistema feudal, que garantia privilégios ao clero e à nobreza. Em oposição à idade das trevas, o Iluminismo iniciaria o Século das Luzes.
A primeira fase do Iluminismo começa na primeira metade do XVIII, influenciada pelas concepções mecanicistas da natureza que vieram à tona a partir da Revolução Científica do século XVII. Esta primeira fase foi marcada por diversas tentativas de aplicar o modelo de estudo dos fenômenos físicos no estudo dos fenômenos humanos e culturais.
A partir da segunda metade do século XVIII, Iluminismo se afasta do mecanicismo e se aproxima das teorias vitalistas, de cunho naturalista.